Covid-19 e Obesidade – Um calcanhar de Aquiles

Covid-19 e Obesidade - Um calcanhar de Aquiles
COVID-19 grave e Obesidade estão relacionadas, não há dúvidas. Nosso post recente,   A Trombose e a COVID-19  , causou grande interesse e muitos questionamentos.
Assim, considerando a avidez de informações no tema, vamos tratar com algum detalhe as relações entre a Covid-19 e a Obesidade.
Os relatos vêm surgindo desde o início da pandemia, na China, chamando a atenção da comunidade médica para a relação entre a COVID-19 e a Obesidade.
Logo a seguir, surgiram os dados do Reino Unido, Europa e, mais recentemente, viu-se em todo o mundo que as pessoas obesas são mais susceptíveis à infecção grave pelo novo coronavírus.
Por exemplo, no Reino unido, cerca de 2/3 dos pacientes na UTI tinham sobrepeso ou obesidade; na França, cerca de 50% na UTI eram obesos e na Itália, dos casos fatais, 10% eram obesos.
No Brasil, temos a pesquisadora da Faculdade de Odontologia de Bauru/USP, a Dra Silvia Sales, que demonstrou que mais da metade dos doentes internados têm peso acima do normal.
Confira na íntegra:
Obeso é quem tem maior chance de evoluir para caso crítico mais rápido
Inicialmente, vamos tentar entender o que pode acontecer no organismo de alguém acima do peso, que a torna, o torna mais vulnerável à COVID-19.
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Obesidade e Síndrome Metabólica

Certamente, quando você visita o seu médico, é frequente o conselho de manter um peso saudável e a prática de exercícios. Isso evita a instalação da Síndrome Metabólica.
Sendo assim, vamos falar de alguns parâmetros antropométricos (medidas corpóreas) ou bioquímicos (exames de sangue) para definir se a pessoa tem essa síndrome.

Síndrome Metabólica:

  • Obesidade abdominal: cintura maior que 88 cm nas mulheres ou maior que 102 cm, nos homens
  • Triglicerídeos: maior ou igual a 150 mg/dl
  • HDL (bom colesterol): menor que 40 mg/dl nos homens ou menor que 50 mg/dl nas mulheres
  • Pressão Arterial: Sistólica (máxima) maior ou igual a 130 mm Hg ou Diastólica (mínima) maior ou igual a 85 mm Hg
  • Glicemia de jejum (acúcar no sangue): igual ou maior que 110 mg/dl

Ver referências no link https://www.scielo.br/pdf/abc/v84s1/a01v84s1.pdf
Infelizmente, a parcela da população que tem alguma alteração nesses itens não é pequena e isso está associada ao sobrepeso e à obesidade, frequentemente.

Por que o novo coronavírus pode complicar em pessoas com a Síndrome Metabólica?

Inicialmente, vimos o que é a Síndrome Metabólica. Agora, vamos entender como ela afeta o organismo e como o novo coronavírus se aproveita disso.
Pessoas com sobrepeso e obesidade apresentam distúrbios no metabolismo (processo químico relacionado à geração e ao consumo de energia).
Por exemplo, a Insulina, hormônio produzido pelo Pâncreas e que ajuda na digestão, pode ter ação reduzida em pessoas com aumento da gordura visceral (intestinos e outros órgãos).
Também verifica-se um estado de inflamação crônico nessas pessoas, o que dificulta a defesa imunológica e aumenta o risco de infecções.
Além disso, existe um grupo de doenças que se associam com o aumento do peso, que causam danos na circulação, as quais chamamos de comorbidades:

Doenças associadas ao Sobrepeso e à Obesidade:

  • Diabetes Mellitus
  • Hipertensão Arterial
  • Doenças Cardiovasculares (Aterosclerose: placas de gordura nas artérias do coração, cérebro e outras)
  • Infiltração de gordura no Fígado (Esteatose Hepática)
  • Alteração da flora intestinal (Disbiose)

Como se não bastasse, alguns fatores também são mais comuns nos pacientes com peso elevado:

  • Menor prática de atividade física (causa e/ou consequência do aumento de peso)
  • Consumo maior de alimentos processados e altamente calóricos
  • Distúrbios do sono (Apnéia do sono)
  • Maior incidência de Estresse e Ansidade

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Resumindo, quando a Covid-19 se instala num organismo já previamente afetado pela Síndrome metabólica, encontra os vasos mais vulneráveis e a defesa imunológica comprometida.
Todavia, há uma esperança que queremos ressaltar: A Síndrome Metabólica é reversível! Você pode começar hoje, agora, fazendo uma reflexão e buscando ajuda médica para revertê-la!
Leia mais em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7184987/pdf/main.pdf

Conclusão sobre a Covid-19 e Obesidade

Obviamente, a COVID-19 não é uma doença simples ou desprezível, mas a boa notícia é: Além das medidas preventivas, temos como melhorar nossa saúde, já!
Por fim, quero reforçar a importância das visitas médicas regulares, da adesão aos conselhos e tratamentos e a busca dos serviços médicos, em caso de necessidade.
Dessa forma, para conferir como andam os seus indicadores, utilize recursos tecnológicos gratuitos, como o CheckUp 10, entre no link e faça o teste https://claudiasathler.com.br/checkup10/
Se você quiser 25 dicas para uma vida mais saudável, leia nosso artigo Nocauteando 5 riscos para o AVC
Também sugerimos que entre no site da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e leia: https://www.sbacv.org.br/artigos/medicos/aterosclerose
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