Refluxo na veia safena, significado e abordagem, vale a pena prestar atenção nisso!
Refluxo genericamente, o que significa?
Primeiramente, é bom ressaltar que, com o advento da ultrassonografia associada ao Doppler colorido, a palavra refluxo ganhou novo significado. Sim, o refluxo está presente em várias situações anormais, no corpo humano, assim, sempre que ocorrer fluxo em direção contrária àquela que seria fisiológica, normal, teremos um tipo de refluxo.
Provavelmente, você, mamãe, que tem seu bebê ou filho pequeno sabe muito bem quanto problema pode causar um refluxo do estômago para o esôfago.
Além disso, sabemos que pode ocorrer refluxo nas válvulas cardíacas, detectado pelo exame físico, durante a ausculta do coração e pelo exame de ecocardiograma.
Refluxo nas veias dos membros inferiores
Semelhantemente, refluxo nas veias das pernas também é causa de doença venosa e consequência do mau funcionamento das válvulas venosas presentes nas paredes das veias.
Imaginem no trânsito, numa via de mão única, carros entrando na contramão. Certamente, teremos um atraso no fluxo, um tipo de congestão, certo? Assim, seguindo este raciocínio, ele pode nos ajudar a entender a perturbação consequente em aumento da pressão dentro do sistema venoso, em decorrência do refluxo.
Enquanto isso, o aumento da pressão no interior das veias nos membros inferiores gera uma síndrome inflamatória caracterizada por sintomas como dor, queimação, cãibras, dormência, sensação de peso e cansaço, falta de lugar para por as pernas.
Frequentemente, em fases mais avançadas do problema, podemos observar sinais como edema (inchaço) e alterações da pele que vão desde a coloração escurecida, até a textura, endurecida. Eczema e úlceras fazem parte do estágio mais grave da doença.
Saiba mais em Varizes: novos insights para um velho problema! Parte 6 – Diagnóstico
Refluxo na veia safena, significado e abordagem
Falamos um pouco do refluxo nas veias das pernas, genericamente. Entretanto, há uma veia especial, um tronco do sistema venoso superficial, a veia safena. Na realidade, temos várias safenas em cada membro.
As veias safenas mais regularmente encontradas são a veia safena magna (ou safena interna), a veia safena parva (ou safena externa) e as veias safena acessórias (anterior e posterior). Dentre as veias safenas supracitadas, a mais comumente acometida por refluxo é a veia safena magna. Um dado interessante da literatura é a alta frequência de detecção de refluxo de algum segmento de safena mesmo em pacientes com pequenos vasinhos.
O que fazer quando há refluxo na veia safena?
Certamente, é importante fazer separação entre os casos em que há refluxo de um segmento único e curto da veia safena e aqueles em que o comprometimento é extenso ou mesmo total.
Contudo, é relevante detectar se há comprometimento das válvulas que comunicam a veia safena, superficial, com uma veia profunda, femoral comum ou poplítea.
Inúmeros estudos têm demonstrado a correlação do diâmetro do vaso, veia safena, com a gravidade da doença. Quanto maior o diâmetro, tanto mais grave tende a ser a repercussão clínica no doente.
Finalmente, o tempo de manifestação da doença e a idade do paciente podem ser considerados fatores agravantes. Mais importante que tudo, é observar se a doença já está manifesta em lesões cutâneas e sintomas graves.
Os fatores agravantes do refluxo nas veias safena são:
- Quadro clínico grave no paciente (escurecimento da pele, eczema e úlceras)
- Comprometimento da válvula que comunica com veias profundas
- Aumento significativo dos diâmetros do vaso
- Extensão do refluxo
- Tempo de manifestação da doença e idade do paciente
Assim, quando os fatores acima estão presentes, há uma tendência para o tratamento direto (Ablação térmica, Ablação química ou Extração cirúrgica) na veia safena devido à magnitude clínica do quadro. Leia mais em Safena-mitos
Em resumo:
A presença pura e simples de refluxo na veia safena não é sinônimo de condenação inexorável desse vaso! O angiologista saberá interpretar a gravidade e a relevância do problema e dizer se será necessária a intervenção direta sobre ele.
Também, se você deseja se aprofundar mais no assunto, leia os estudos abaixo para entender que, estatisticamente, o padrão de refluxo nas mulheres e nos homens com refluxo na safena. Assim, podemos selecionar pacientes cujas varizes podem ser tratadas sem a necessidade de tratamento direto sobre a veia safena.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5829724/pdf/jvb-15-04-268.pdf
https://www.jvascsurg.org/action/showPdf?pii=S0741-5214%2805%2900102-3
Para saber sobre as técnicas de tratamento direto da veia safena, clique aqui Conheça 7 tecnologias para o combate de vasinhos e varizes
Novidade: Varizes sem cirurgia… Pode???
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Leia agora 10 fatos sobre o tratamento de vasinhos com laser que você precisa ler
Em segundo lugar, procure um especialista em Angiologia ou em Cirurgia Vascular e marque sua consulta. Então siga o nosso conselho e não adie mais! Se estiver em Belo horizonte, Nova Lima, Contagem ou em Minas Gerais, segue o nosso contato:
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http://www.sbacv.com.br/imprensa/releases/campanha-alerta-para-riscos-de-tratar-varizes-e-vasinhos-nas-pernas-inadequadamente
Se quiser conferir outro artigo sobre a Progressão das Varizes, leia O que são varizes recidivadas? As varizes voltam após o tratamento?
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